sábado, 17 de setembro de 2011

SEGREDOS DA AMAMENTAÇAO E DO DESMAME

a amamentação é um grande tabu  muitos mitos e dificuldades relacionado a este ato de amor um momento de grande prazer .A principal importância é que as mães  estejam conscientizadas no que vão fazer, e ver que o leite materno faz parte da saúde do filho e é uma boa opção para não sofrer riscos futuramente. Mães não devem pensar que vão estragar o peito, falar que não tem tempo e que o leite pode ser substituído pelo da vaca.

Filhos são uma benção, e postos ao mundo devem merecer o melhor, por isso você que vai ser mãe  comece já a preparar seus seios e a mente. O leite materno tem nutriente que a criança recém nascida precisa até seus seis meses de vida, proteínas, água, sais, cálcio, fósforo, etc.

Além do mais que uma criança se adapta bem melhor com o peito da mãe, do que com uma mamadeira, por se sentir seguro no colo da mãe, quentinho em quanto mama e até mesmo por sentir o amor transmitido.
1- O peito vai "cair"
Um dos primeiros fatores que levam uma mulher a não querer amamentar mesmo antes de querer ter um filho é a afirmativa que os peitos caem depois de amamentar - Não é a amamentação que faz os peitos caírem. Tem o fator genético, se sua mãe tem o peito caído a sua chance é maior de ter também. E o outro fator é que a pele da região dos seios quando cheios de leite estica e isso pode fazer com que os peitos cedam um pouco depois que o leite seca, amamentando ou não o seu filho.
2- Amamentar dói
Outro inimigo é a dor - Muitas mamães têm medo de sentir dor porque já escutaram amigas relatando dor ao amamentar e outras passam por isso e desistem de amamentar. A dor só aparece quando a posição e a pega do bebê no seu peito estão incorretas e por isso machuca o bico do peito. As informações sobre aleitamento adquiridas antes do nascimento e na maternidade são importantíssimas para que isso não ocorra. Com uma boa pega e posição correta não há dor, mesmo que o bico já esteja machucado. Sempre tem a sogra, a mãe da nova mamãe ou a tia que sempre tem uma dica, uma superstição e até opinião distinta sobre como amamentar seu filho. Aí a mamãe fica no dilema de qual regra seguir ou segue todas e nada dá certo. Mamãe e bebê ficam nervosos e não há amamentação que funcione. Fique calma, agradeça as dicas, siga o que acha importante, mas sempre adote as orientações que aprendeu com os profissionais especializados.
3- O leite da mãe é fraco e por isso o bebê chora de fome
Nem sempre quando o bebê chora é fome e NÃO EXISTE LEITE FRACO - Muitas mulheres acham que isso existe. Cada mulher produz o leite adequado para o seu filho. O bom é que o leite materno é digerido quase que totalmente pelo organismo do bebê e depois de duas a quatro horas ele vai querer novamente. Diferentemente do leite em pó ou de caixinha que têm componentes mais pesados. A digestão fica lenta e o bebê consequentemente dormirá mais depois da ingestão do leite artificial. Podemos comparar quando comemos uma feijoada, dá uma preguiça depois.
4- A mamadeira é mais prática e alimenta mais
LEITE MATERNO É MUITO MELHOR do que o leite de vaca - A geração anterior, das nossas mães, apresentava resistência à amamentação, já que prendia a mulher em casa e estavam numa época de liberdade da mulher. Para quê amamentar se existe a mamadeira. Os benefícios do leite materno não eram tão divulgados e a liberdade era mais importante. Tanto a TV como o cinema incentivavam a mamadeira. Criou-se essa imagem de que a mamadeira com o leite artificial é melhor e que se propaga até hoje por falta de informações.
O sucesso da amamentação depende de força de vontade, determinação e informação. Não é fácil amamentar, mas com ajuda e bons profissionais amamentar exclusivamente até os seis meses da criança vira fichinha.
Amamentar é proporcionar aos bebês todos os nutrientes e proteção que os pequenos precisam durante os seis primeiros meses de vida. Isso é uma afirmação que a maior parte das mamães já sabe de cor e salteado.
Agora, nem todos sabem que amamentar faz bem para a saúde da mamãe. E se afirmarmos que amamentar diminui o risco da mamãe sofrer de doenças do coração? Quase nenhuma sabe.
Um estudo publicado na revista “Obstetrics and Gynecology” relata que amamentar diminui o risco de doenças cardíacas no futuro. O trabalho analisou 139.681 mulheres após passarem o período da menopausa e destacou que o grupo de mulheres que amamentou seus bebês por pelo menos um mês apresentou pressão arterial mais baixa, menor nível de colesterol e menor incidência de diabetes que são os grandes vilões das doenças cardíacas.
Autora do estudo e professora de Medicina da Universidade de Pittsburgh, Eleanor Bimla Schwartz afirma que o risco de se ter algum problema cardíaco caiu 10% nas mulheres que amamentaram seus filhos até mais de um ano de idade.
As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte entre as mulheres. Estimular a amamentação, segundo o estudo americano, diminui os riscos das mulheres apresentarem fatores que levem à doenças cardíacas
Mais benefícios - Lembramos, ainda, que amamentar traz outros benefícios para a mulher, como perda do peso ganho com a gestação, o corpo volta ao normal mais rápido, menor risco de hemorragias pós-parto, menor o risco de alguns tipos de câncer e menor o risco de anemia.
Amamentar não é fácil e nem natural, procure um especialista como pediatras e fonoaudiólogos que possam dar orientações corretas de como amamentar sem o risco de desmame precoce.
Dicas
O ideal é que o bebê receba somente leite materno até os seis meses de vida.
O bebê precisa abocanhar toda a auréola do seio para poder se alimentar corretamente e não machucar a mamãe.
Lembre-se sempre que não só o bebê ganha com a amamentação, a mamãe também recebe muitos benefícios.

A defesa do leite materno no combate à asma

Que a amamentação exclusiva durante os primeiros meses de vida do bebê é importantíssimo para o seu desenvolvimento e crescimento ninguém mais duvida. Não dá nem para contar nos dedos a quantidade de benefícios que o leite da mamãe proporciona ao bonitinho que surgiu no mundo. Pesquisadores informam que a amamentação também pode ser uma arma contra a asma.

A asma é uma doença inflamatória dos brônquios e tem como sintomas tosse, chiado no peito e falta de ar. A frequência com que a asma aparece é variável, mas constantemente prejudica as brincadeiras, sono e estudos da criança que apresenta essa doença respiratória.
O estudo feito pelo Instituto Karolinska, na Suécia, destaca que a mãe ao amamentar exclusivamente seu bebê durante pelo menos os primeiros quatro meses transfere para o filho anticorpos e proteínas que podem impedir o aparecimento de infecções.
Os estudiosos suecos avaliaram cerca de quatro mil crianças, sendo estas acompanhadas até os oito anos de idade. Os resultados da pesquisa indicam que as crianças que foram amamentadas exclusivamente por pelo menos quatro meses de vida apresentaram menor ocorrência de asma do que as crianças que foram amamentadas por menos tempo.


Segundo os resultados da pesquisa, bebês alimentados exclusivamente pelo leite materno por quatro meses ou mais de vida têm 37% menor risco de asma. Outra conclusão do estudo é que o aleitamento materno foi associado a uma melhor função pulmonar aos oito anos de idade.
Poderoso leite - Outro estudo feito com 7.000 crianças e adolescentes entre seis e 15 anos, feito na Universidade de Sunderland (Reino Unido) indica que as crianças amamentadas exclusivamente até os seis meses de vida tiveram menores taxas de prevalência de asma, rinite e eczema, e o efeito foi mais evidente em meninos do que em meninas.
Amamentar é bom tanto para a mamãe quanto para o bebê e esse benefício é levado para o resto da vida dos dois. Siga as orientações necessárias e busque ajuda para que a sua amamentação seja realizada adequadamente.

Leite empedrado não impede amamentação

Uma das maiores dificuldades encontradas pelas mães logo no início da amamentação é quando o leite “empedra”, deixando as mamas duras e causando dores o que dificulta a amamentação. Saiba que esse é um problema temporário, mas que deve ser solucionado para que não ocorra maiores complicações ou até mesmo o desmame precoce.


O ingurgitamento, conhecido como empedramento do leite, é um dos motivos que faz com que a mulher desista da amamentação, já que com ele aparece dor, fissuras no bico, febre local e até generalizada. Além disso tudo, existe a dificuldade de pega do bebê, que o faz chorar, deixando a mamãe nervosa. Com tudo isso, a mamãe acaba por introduzir o leite artificial.
O empedramento acontece por um simples motive. A mulher no início da amamentação produz mais leite do que o bebê precisa. Essa sobra de leite endurece, criando nódulos, prejudicando mamãe e bebê.
“Para conseguir minimizar o problema, o primeiro passo é amamentar em livre demanda, isto é, amamentar a hora que o bebê estiver com fome. Não é de três em três horas nem de duas em duas. É a hora em que o bebê tiver vontade”, explica a fonoaudióloga Jamile Elias.
Outra dica que a especialista em amamentação oferece é a massagem seguida da ordenha manual. Isso mesmo. Retirar o leite das mamas sem uso da bombinha. Primeiro a mamãe deve realizar a massagem em movimentos circulares com as pontas dos dedos indicador e médio sempre do bico para a base procurando os nódulos e mantendo a outra mão como apoio. Depois colocar os dedos indicador e polegar em forma de “C” no final da região areolar (e não no bico) e realizar movimentos rítmicos para a saída do leite.
Massagear e retirar o leite até a mama ficar mais macia e confortável para uma boa pega do bebê (abocanhar a aréola toda), em média 15 minutos.
Nessas horas, muitas teorias e supostas soluções infalíveis aparecem. Não leve a sério tudo que falarem. Por exemplo, o mito de que realizar compressas de água quente nos seios ingurgitados ou tomar banho com água quente. Pode ser que a primeira sensação seja de alívio, mas a água quente estimula a produção do leite. Ou seja, minutos depois as mamas estarão mais cheias do que antes.
Portanto, prefira compressas de água fria e banhos de mornos a frios. Consulte sempre um profissional.

Amamentar é ter afinidade com o bebê

Muito se fala dos benefícios que o aleitamento materno traz tanto para a mamãe quanto para o bebê. Uma nova pesquisa indicou que quem amamenta tem uma afinidade maior com o seu bebê.
Além de um forte vínculo entre a mamãe e o bebê e as vantagens psicológicas e fisiológicas que a amamentação oferece, amamentar faz com que a mamãe identifique melhor o que seu bebê quer.
A pesquisa acompanhou 20 mulheres que passaram por uma ressonância magnética funcional enquanto foram expostas a fotos de seus bebês ou ao choro deles. O resultado foi que a parte do cérebro responsável pelas emoções e motivação foi mais ativada nas mamães que amamentavam seus filhos.
O que isso quer dizer? Que o cérebro da mamãe que amamenta é notadamente muito mais receptivo aos sinais do seu bebê do que as mulheres que oferecem mamadeira a criança. Portanto, os bebês que mamam no peito têm suas “vontades” reconhecidas mais prontamente do que aqueles que usam mamadeira.
Acredita-se que essa diferença se faz por causa de um hormônio chamado ocitocina que é produzido durante a amamentação e que está relacionado também aos vínculos sociais. Amamentar estimula a produção do hormônio ocitocina e isso e pode aumentar os cuidados e a atenção das mamães para seus bebês.
Quatro semanas depois do nascimento, a diferença na atenção das mamães que amamentavam e a das mamães que ofereciam mamadeira já haviam diminuído, influenciando mais, neste momento, a personalidade das mulheres e intensidade emocional nos cuidados com o bebê.
O estudo ressalta que esses resultados são importantes para as mamães que sofrem de depressão ou tenham problemas, como a pobreza, pois aumenta o vínculo entre mamãe e bebê, importantíssimo para o desenvolvimento global da criança.
Dicas
Nenhuma mulher nasce sabendo amamentar. É uma habilidade que precisa ser aprendida e treinada.
Tranquilidade é um fator fundamental para que a amamentação tenha sucesso.
Não sinta vergonha de pedir ajuda aos profissionais especializados se não conseguir amamentar.

Lendas e fatos na amamentação

Quando o assunto é a alimentação dos bebês muitas lendas rondam os pensamentos das mamães que estão em fase de amamentação. Vale a pena perder alguns minutinhos para se informar e tirar todas as dúvidas antes e durante a amamentação do seu filho.
Qualquer dúvida pode colocar em risco a amamentação efetiva do bebê. Bom, uma das dúvidas mais freqüentes das mamães é se existe leite materno fraco.
A resposta definitivamente é não. Só se a desnutrição da mamãe seja extrema pode ocorrer, mas é muito difícil. Toda mamãe produz o leite mais adequado para o seu filho, alimentando-o de forma satisfatória até os seis meses de idade exclusivamente, mesmo as mamães de peito pequeno.
A lenda do leite fraco pode ter sido criada pelo fato de o bebê poder sugar de forma incorreta o seio da mamãe, fazendo um grande esforço e não retira o leite suficiente, deixando-o ainda com fome. A sucção incorreta pode fazer com que desça menor quantidade de leite não sendo satisfatório para o bebê.
Outro motivo da menor descida do leite é a sucção incorreta do peito em conseqüência do uso de bico artificial como chupetas e mamadeiras que deixam a posição da língua diferente na hora da sucção do peito, fazendo com que a retirada do leite seja insuficiente.
Pode ou não pode? - Há outros mitos sem embasamento científico, mas que estão tão enraizados na cultura popular e que podem mexer com a cabeça das mamães. O bebê pode, sim, arrotar no peito sem que a mamãe tenha medo de que o leite não desça mais. Se o bebê arrotar no peito, sem problemas, é normal.
Outro mito que dizem por aí é que não se pode jogar o excesso de leite materno ordenhado em água corrente porque assim o leite acaba, vai embora. Mentira. O leite ordenhado, caso feito de maneira correta e doado para um banco de leite, pode ajudar outros bebês hospitalizados que precisam de leite materno, mas caso seja jogado em água corrente nada acontecerá na produção do leite.
Canjica, cerveja preta, água inglesa e outros alimentos não aumentam a produção de leite. Isso é mito dos mais absurdos. O que faz um bom leite materno é o bebê sugar o peito de maneira correta e uma alimentação saudável.
Seios com bicos feridos, rachados ou empedrados não são motivos de parar a amamentação. São quadros que devem ser cuidados e sanados para uma melhor amamentação.
Relaxe, mamãe - A ansiedade, o estresse, cansaço e dor podem reduzir a produção de leite já que esses fatores jogam no corpo da mulher hormônios que inibem a descida do leite materno. Se dê o direito de repousar, de não querer receber visitas e de pedir mais empenho do papai em ajudar com os afazeres domésticos. Amamentar em lugar tranqüilo e sem barulho ajudam ainda mais esse momento tão especial de mamãe e bebê.
Com ajuda e orientação de profissionais especializados, entre os quais pediatras e fonoaudiólogos, e com muita vontade e carinho a amamentação torna-se muito prazerosa para mamãe e bebê. Um verdadeiro ato de amor.
Dicas
Se a mamãe achar que seu filho não está amamentando bem, procure o auxilio do pediatra que poderá dizer se o bebê está bem ou não.
O leite da mamãe é o melhor alimento para o bebê. Não deixe que outra mulher amamente seu filho, além de não ser o melhor para ele, muitas doenças como hepatite e AIDS são passadas para o bebê pelo leite materno.
Amamentar não é tão fácil quanto parece, não tenha vergonha ou sinta-se frustrada se precisar pedir ajuda.


Meu bebê não engorda. Será que meu leite é fraco?

O peso do bebê é uma preocupação constante no dia a dia da mamãe. “Será que ele comeu bem?”, “Esse meu bebê parece muito fraquinho”, “Mamou tão pouquinho.” São questionamentos que as mamães fazem regularmente. Algumas dicas simples sobre a alimentação dos bebês podem responder as diversas interrogações na mente dos pais.
Saiba uma verdade que se não bem informada deixa as mamães de cabelo em pé: o bebê pode perder até 10% do peso de nascimento na primeira semana de vida.
Isso porque o bebê dentro da barriga não fazia esforço nenhum e assim que nasce precisa sugar, chorar, regular a temperatura do corpo e tudo mais que o bebê faz, aliada à descida do leite da mamãe, que pode demorar alguns dias para descer ou mesmo regular a quantidade de leite que o bebê precisa.
Um mito que é muito conhecido é que o bebê não engorda porque o leite da mãe é fraco. NÃO existe leite materno fraco. Cada mãe produz o leite que seu bebê precisa e na quantidade certa. O organismo da mulher só precisa regular a quantidade de leite nos primeiros dias depois do parto.
O mito do leite fraco provavelmente apareceu quando algumas mães não posicionavam a pega do bebê ao bico adequadamente ou simplesmente ofereciam somente o primeiro leite que é mais aguado. Explicaremos melhor isso.
Para ficar bem claro o que é a “pega do bebê”. Se o bebê abocanha somente o bico da mamãe não conseguirá retirar muito leite do seio materno, pois essa não é a forma adequada. Além disso, provavelmente o bebê causará ferimentos no bico e perda de peso. As bolsinhas que guardam o leite ficam posicionadas por baixo de toda a aréola do seio e, portanto, o bebê deve abocanhar toda a aréola da mamãe para que o leite saia de maneira adequada e sustente o bebê.
Segunda explicação: primeiro leite é mais aguado. A fonoaudióloga Jamile Elias explica que logo que o bebê começa a sugar é retirado o leite materno que é mais rico em água. Por isso se diz que o bebê nos seis primeiros meses de vida não precisa nem de água. Só de leite materno.
Depois de um tempinho, o leite que é retirado (tão logo saiu o leite mais aguado) é um leite mais rico em gordura, que sustentará e dará peso ao bebê.
Neste caso, o ideal é que o bebê esvazie um peito, pois assim ele terá o leite aguado (normal ao sair logo de começo), além do mais rico um gordura, que vem depois. Se ele beber um pouquinho de um peito e um pouquinho de outro, a probabilidade é que ele beba basicamente o leite “aguado”.
O certo é colocar o bebê em um peito e deixá-lo esvaziar e só depois oferecer o outro. Desse jeito a mamãe garante que o bebê retire do peito o leite anterior, rico em água, e o posterior, rico em gordura.
Fome – Um caso típico. O bebê é colocado no berço e não demora muito para começar a chorar de fome. A mamãe pensa que o leite é fraco. Erro dela. Pois ela pode ter oferecido apenas o leite rico em água, sustentando bem pouco o bebê que chora logo de fome e pode perder peso.
O bebê pode mamar quanto quiser, mas um bebê que fica quase uma hora no peito pode perder mais peso que um bebê que fica apenas dez minutos. Por que isso acontece? O bebê que perde peso mesmo ficando muito tempo pode estar abocanhado de maneira incorreta ou fazendo o peito de chupeta. Isso gera um grande esforço e perda de calorias. Consequentemente ele perde peso.
Já o bebê que mama apenas dez minutos e ganha peso deve fazer a pega corretamente, mamar todo o leite anterior e posterior e ficar satisfeito, não fazendo mais esforço do que precisa.
Fique atenta, mamãe, a todas as informações, mas não acredite em tudo que te falam. Pergunte sempre ao especialista o que é correto e siga as orientações sem “encucar” com os mitos.
Dicas
Verifique a quantidade de xixi que seu bebê faz. Se fizer sempre e em boa quantidade quer dizer que o pequeno está mamando bem. Preocupe-se se faz pouco ou não faz xixi.
O bebê deve ganhar em média 30 gramas por dia por isso a ida ao pediatra periodicamente é importante.
Tente não escutar as opiniões de como o bebê ganhar peso de mãe, sogra, vizinha ou qualquer pessoa que te deixam confusas. Tire suas dúvidas com quem entende como o pediatra.

A Organização Mundial da Saúde preconiza que a primeira mamada ocorra logo na primeira hora de vida do bebê. Portanto, quanto antes ocorrer, maior será os benefícios da amamentação e menor o risco do desmame precoce.
Um estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Secretaria da Saúde de Queimados (RJ) demonstrou em números o que já se via na prática em maternidades: mulheres que realizam cesariana (parto preferido por muitas mulheres) demoram mais tempo para amamentar seus filhos pela primeira vez.
No parto normal, a demora da 

A primeira mamada na cesariana e parto normal

primeira mamada é em média 4 horas. Já os bebês nascidos de cesariana demoram cerca de 10 horas para se alimentarem pela primeira vez no peito da mamãe.
A fonoaudióloga Jamile Elias explica por que a amamentação no parto normal é mais rápida.
“É mito dizer que as mamães que fazem cesariana ficam mais cansadas e demoram para se recuperar e poder amamentar. O motivo está na diferença da ação hormonal do organismo das mulheres que realizam parto normal e cesariana”, conta a profissional.
No parto normal, a placenta já está pronta e já está tudo pronto para o bebê nascer. Assim que nasce, todos os hormônios estão em perfeita harmonia e há a descida do leite, facilitando a primeira mamada.
O mesmo não ocorre na cesariana; a placenta pode não estar totalmente madura, desorganizando os hormônios, fazendo com que a descida do leite demore mais, prejudicando a primeira mamada do bebê.
No estudo realizado no RJ apontou ainda que das mamães que realizaram o parto normal, 22,4% amamentaram na primeira hora contra 5,8% das mamães que realizaram cesárea.
Faça pré-natal - Um pré-natal bem feito é condição favorável para que médico e mamãe saibam das condições da gestação e assim optem pelo melhor parto, seja normal ou cesariana.
É fundamental amamentar - Todas as mamães e futuras mamães sabem da importância incontestável da amamentação para seu filho e para a saúde da mãe.
Além de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê e o imunizar com anticorpos passados pelo leite materno, o ato de amamentar ajuda a mamãe a recuperar o corpo mais rapidamente, prevenindo alguns tipos de câncer e o vínculo mãe-bebê se torna mais forte.

Dicas
Tire todas as suas dúvidas sobre os tipos de partos com o seu médico, assim não terá receio de escolher pelo mais natural.
Nem sempre o bebê ou a mamãe tem condições de realizar parto normal, por isso o pré-natal é tão importante.
Às vezes, mesmo quando se opta pelo parto normal, na hora do parto as condições mudam e uma cesárea de emergência pode ser realizada.


Meu bebê deve ou não arrotar?

O assunto arroto sempre permeia as rodas de conversas das mamães que normalmente têm muitas dúvidas em relação ao tema. Será que realmente o bebê deve arrotar? E se não arrotar, tem algum problema? Até quando eu tenho que colocar meu bebê para arrotar?
Realmente essa questão gera alguns pontos de interrogação, já que as mamães não conhecem o motivo que faz do arroto um cuidado importante no dia-a-dia de um bebê. Aproveitando, mamãe: você sabe como surge o arroto? É válido o bebê arrotar? Bem, vamos lá...
Quando o bebê está mamando, seja no peito ou na mamadeira, geralmente há uma ingestão de ar, isto é, o bebê engole ar.
Isso ocorre principalmente em bebês que mamam em mamadeira, pois a anatomia entre o peito da mãe e a boca do bebê é perfeita, se encaixando de uma forma que dificulta a entrada de ar se mamãe e bebê estiverem em posição correta.
Já o encaixe do bico da mamadeira e a boca do bebê não é tão perfeita assim, facilitando a entrada de ar.
O ar entra até o estômago do bebê que é mais leve que o leite e por isso tende a voltar. Quando o ar volta é o que conhecemos por arroto, que pode vir acompanhado de uma pequena quantidade de leite, a regurgitação.
Por normalmente o arroto vir acompanhado de uma regurgitação, o bebê que estiver deitado de costas ou de bruços no berço pode aspirar o leite que voltou e se asfixiar.
Portanto, a questão se deve arrotar ou não é relativa. Caso o bebê mame sem problema (sem entrada de ar), não existe a necessidade de esperar um arroto.
Arroto contra cólicas - Outra conseqüência do bebê que engole ar e não arrota são as cólicas. Com o estômago cheio de ar e o sistema digestivo ainda imaturo, aparecem as terríveis cólicas. Os bebês choram muito e nada os consolam.
O arroto é uma forma de tentar evitar que as cólicas apareçam. Fazer massagens na barriga e exercícios tipo bicicleta no bebê de barriga vazia são maneiras de fazer com que o bebê elimine os gases e também evitar as cólicas.
Depois da mamada, a mamãe deve colocar seu bebê na posição vertical com a cabeça no seu ombro e a barriga encostada no peito. O arroto aparece até os dez primeiros minutos, às vezes, pode demorar um pouco mais.
Posições ideais para o bebê - A mamãe não deve se preocupar caso seu bebê não arrote. Provavelmente a mamãe não ouviu o arroto, que nem sempre vem com barulho, ou o bebê não engoliu ar durante a mamada e, portanto, não tem ar para sair, não havendo o arroto.
Se a mamãe estiver com muita pressa ou tem um compromisso que a impeça de colocar seu bebê para arrotar, é melhor que coloque o bebê deitado de barriga para cima. (A posição em que o bebê deve ficar deitado foi, é e continuará sendo alvo de vários estudos. Atualmente a posição "de barriga para cima" é aconselhada como a mais segura.i e leia mais sobre esse assunto.)
Uma das melhores posições para que o bebê não engula ar durante a amamentação é aquela em que o bebê fica com a cabecinha apoiada na volta de dentro do cotovelo da mamãe, barriga encostada com a barriga da mamãe e de boca bem aberta abocanhado a maior parte da aréola do seio da mamãe.
Colocar o bebê para o arrotar deve ser um cuidado por pelo menos até o sexto mês de vida do bebê onde o sistema digestivo do bebê já está bem mais maduro.
Dicas
Coloque o bebê na posição vertical com a cabecinha no seu ombro e se precisar dê uns tapinhas bem levinhos nas costas para estimular o arroto.
Ao colocar o bebê no berço sempre coloque-o de barriga para cima mesmo que ele tenha acabado de mamar e não tenha arrotado.
O arroto não está associado à saciedade do bebê. Se o bebê mamar corretamente, sem engolir ar, não tem motivo para forçar um arroto.



Receitas de uma boa amamentação

Amamentar não é um dom materno, que nasce com a mulher. Nem toda mamãe consegue amamentar seu filho sem alguma ajuda. E muitas, sem ajuda, desistem no meio do caminho. E como a amamentação hoje em dia é muito incentivada, mas não bem orientada, as mamães ficam com uma culpa enorme por não conseguir.
A mamãe sabe da importância do amamentar seu filho e o bebê sabe sugar. O problema está em juntar esses dois atos, principalmente quando o pequeno chora de fome. Quanto mais o bebê chora, mais a mamãe fica nervosa e mais difícil é amamentar.
Amamentação é um ato que deve ser aprendido, explica a fonoaudióloga Jamile Elias. A profissional dá dicas importantes para facilitar a amamentação e evitar problemas comuns nesta fase de vida.
A primeira delas é procurar um lugar tranqüilo para amamentar, onde mamãe e bebê possam se curtir ao máximo. A posição ideal para uma melhor amamentação é aquela em que o bebê abocanhe toda aréola do seio da mamãe. A posição normalmente mais fácil de fazer isso é aquela em que o bebê fica barriga com barriga com a mamãe, em que a cabecinha fica acomodada na volta de dentro do cotovelo da mamãe, facilitando também o contato olho a olho de mãe e bebê.
Se seu bebê já acorda berrando de fome, tente acordá-lo um pouco antes para que não chore de fome, dificultando a pega. O bebê estará mais calmo, abocanhará a aréola e nem mamãe e nem bebê ficarão estressados na hora da amamentação.
Segredinhos - Caso o bebê tenha o hábito de acordar com fome logo depois de ter mamado, como se não tivesse "comido", as mamães podem fazer o seguinte. Antes de dar o peito, esvazie-o um pouco para retirar o leite anterior que é constituído basicamente por água.
“É esse leite que mata a sede do bebê, por isso que um bebê amamentado somente no peito não precisa nem de água. Depois de esvaziado, o leite que ficará no peito será o posterior que contém mais gordura, matando mais a fome do bebê e o saciando melhor, oferecendo a ele um maior tempo de sono”, conta Jamile Elias.
Outro erro comum que não sacia a fome do bebê é mudar de peito sem esvaziar o primeiro completamente. Fazendo isso, o bebê toma todo o leite anterior de um peito e do outro peito. Quem não fica de barriga cheia depois de beber um monte de água? Mas a fome aparece rapidinho e é por isso que o bebê que acabou de mamar os dois peitos acorda logo chorando de fome. Deixe o bebê esvaziar todo um peito para depois oferecer o outro, assim terá certeza que o bebê mamou o leite anterior e o posterior.
Mesmo que o bebê não chore de fome, é bom esvaziar o peito um pouco antes de amamentar, principalmente se as mamas estiverem muito cheias, para o bebê abocanhar melhor toda a aréola. Quem consegue beliscar uma bexiga quando está completamente cheia? Se esvaziarmos fica mais fácil. É o que acontece com o bebê, abocanhar um peito muito cheio é mais difícil, assim o bebê abocanha somente o bico, machucando, e às vezes muito, a mamãe. Mamas pouco mais vazias são fáceis de abocanhar e toda a aréola ser pega, sem risco de machucar o bico.
Ainda há muitas outras dicas, mas já é um começo. Nunca dispense a orientação de seu médico ou de um especialista em amamentação, como um fonoaudiólogo. Esclareça sempre suas dúvidas.
Dicas
Nunca se culpe por não conseguir. Procure ajuda e verá que a amamentação ficará mais fácil.
Se as mamas estiverem muito cheias, evite banhos quentes. Prefira banhos mornos a frios.
Lembre-se sempre que o melhor alimento para o seu bebê até os seis meses é o leite materno.


Técnicas para amamentar

O momento da mamada é único e merece uma preparação toda especial. Existem algumas técnicas que ajudam a mamãe a achar a posição correta para acomodar o bebê e facilitar a pega.
Existem três posições mais comuns, mas nada impede mãe e bebê de acharem uma forma mais agradável de se acomodar na hora da mamada. “A posição ideal é aquela onde ambos ficam confortáveis, com o bebê alinhado ao corpo da mãe”, diz a Dra. Maria José Mattar.
A posição tradicional é a sentada, onde o bebê fica de frente pra mãe, barriga com barriga, e quanto mais colados estiverem, mais fácil é a amamentação. Na posição sentada inversa, a mãe deve segurar o bebê como se fosse uma bola de futebol americano, colocando o corpinho debaixo de sua axila, com a barriga apoiada nas suas costelas. A mãe apoia o corpo do bebê com o braço e a cabeça com a mão. Essa posição facilita o bebê a pegar uma boa parte da auréola.
Algumas mães, especialmente as que se submetem à cesariana, optam por amamentar os filhos deitadas, onde o bebê fica de frente para a mãe, barriga com barriga.
Dizem que não se deve amamentar o bebê deitado, pois causa infecção nos ouvidos e a Dra. Maria José Mattar explica esse mito. “A boca, o nariz e o ouvido do bebê ainda são retificados e se ele é alimentado com leite artificial, que contém bactérias, a infecção acontece mais facilmente. O leite materno, ao contrário, dá mais proteção a essa mucosa”.
Depois de achar a melhor posição, o primeiro passo é colocar o seio na boca do bebê. Ao tocar o mamilo no lábio inferior do bebê ele abrirá a boca. Nessa hora a mãe deve enfiar o máximo da auréola na sua boquinha, puxando firmemente sua cabeça para a mama.
Independentemente da posição que a mãe escolher para amamentar o bebê, é importante que ela esteja relaxada, confortável e bem apoiada, sem se curvar para frente ou para trás. O bebê, da mesma forma, tem que estar posicionado corretamente, com o corpo junto ao da mãe, na altura da mama, os quadris seguros e o pescoço levemente esticado.
A Dra. Maria José Mattar orienta as mães a esvaziar um pouco a mama antes de dar de mamar quando o seio estiver endurecido. “Se o peito estiver muito cheio a boca do bebê escorrega e ele não consegue segurar o bico”.
Para ter uma boa pega, a boca do bebê deve ser levada em direção ao mamilo, e não o contrário. A mãe deve posicionar o polegar acima da auréola e o indicador abaixo, formando um ‘C’. Ao mamar, a boca do bebê deve estar bem aberta, com os lábios para fora, abocanhando quase toda a auréola e não somente o bico do peito, e as mamadas serão grandes e espaçadas.
Quando for tirar a criança do peito, é bom usar a técnica conhecida popularmente como "técnica do dedo mínimo", onde a mãe coloca o dedo mínimo na boca da criança para enganá-la. Ela aceita trocar o bico do peito pelo dedinho e, assim, não puxa o mamilo da mãe com força. Quando o bebê largar a mama, os mamilos devem estar levemente alongados e redondos.
Amamentação com posicionamento e pega corretos não dói, e é um momento bastante agradável para a mãe e para o bebê.

Desmame precoce pode gerar obesidade infantil

A amamentação é mundialmente defendida e a não há discussão sobre a sua importância. O ideal é que o bebê saudável tenha o leite materno como única fonte de alimentação pelo menos até o sexto mês de vida. Crianças que tiveram a amamentação interrompida até o quarto mês estão mais sujeitas à obesidade infantil.
O Hospital Infantil de Boston, Estados Unidos, acompanhou 847 bebês do parto até os três anos de idade, constatando índice maior de obesidade em crianças que nunca foram amamentadas ou tiveram a sua amamentação interrompida antes dos quatro meses de vida.
A pesquisa foi realizada pelo Project Viva. Os bebês que receberam fórmulas antes da introdução dos alimentos sólidos chegaram aos três anos mais propensos a desenvolver a obesidade.
A probabilidade de um bebê não amamentado por longo período apresentar sinais de obesidade é seis vezes maior.
O discurso pró-leite materno tem fundamento. Ao amamentar, a mãe tem maior percepção da saciedade do filho. Com o pequeno colado no peito, o controle de quando “está na hora de parar” de fornecer alimento ao filho é maior e mais fácil.
Além disso, o leite materno possui componentes, como leptina e adiponectina, que ajudam a regular o apetite e o metabolism, fazendo com que a criança crie uma autoregulação da ingestão de energia.
"Os primeiros meses após o nascimento pode ser uma janela crucial para o desenvolvimento da obesidade", explicou o Dr. Huh explained .Huh, do Hospital de Boston. “As práticas alimentares dos pais durante a primeira infância pode ser fator determinante da obesidade infantil”.
Há indícios também que as crianças alimentadas com mamadeira logo nos primeiros meses de vida apresentaram tendência a comer mais durante a infância do que aqueles que são alimentados exclusivamente pela amamentação.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que as mamães amamentem seus bebês até o seis meses exclusivamente, sem adição de nenhum tipo de alimento, nem de água.
Por isso mamãe, se tiver alguma dificuldade em amamentar seu filho procure ajuda especializada.

Desmame 


Como fazer o desmame
Para algumas mulheres, o desmame pode ser tão complicado quanto o início da amamentação. A fase em que o bebê deixa de mamar no peito para tomar leite no copo ou na mamadeira e experimentar as papinhas causa mesmo dúvidas. Afinal, é o primeiro desligamento que acontece entre mãe e filho. Muitos pais têm medo de que a criança fique desnutrida ou sinta muita falta do vínculo afetivo que o aleitamento materno proporciona. Leia o dossiê que fizemos depois de conversar com especialistas no assunto e descubra como esse processo pode ser simples e saudável para ambas as partes
1. Como sei que está na hora de desmamar meu filho?
Não existe um momento ideal. A recomendação do Ministério da Saúde, assim como da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria, é de que a amamentação seja exclusiva até os 6 meses de vida e complementar até os 2 anos. Na realidade, o desmame vai depender do filho, da mãe e do seu estilo de vida. Muitas vezes, o bebê dá o sinal de que chegou a hora. Ele fica tão entretido com as novidades & comidinhas novas, a possibilidade de descobrir o mundo engatinhando e andando – que perde o interesse pelo peito. A rotina profissional da mãe e sua capacidade física ou emocional também podem impossibilitar a amamentação. O importante é que a decisão seja tomada juntamente com o pediatra para que o processo não interfira na saúde do bebê e deixe mãe e filho felizes.
2. Como devo oferecer o leite para o meu bebê depois do desmame?O mais recomendado pelos órgãos especializados é oferecer leite no copinho. Diferentemente da mamadeira, ele não causaria prejuízos com a mastigação e a fala. Acha impossível imaginar seu bebê desempenhando tal performance? Saiba que muitos prematuros se alimentam dessa forma nas UTIs Neonatais. Uma pesquisa realizada na Suécia e publicada no Jornal de Pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria também comprovou que eles são capazes de usar o copinho. O estudo mostrou que os movimentos que os bebês fazem quando sugam no peito são muito mais parecidos com os que realizam ao beber no copinho do que ao usar a mamadeira. Os pais podem aprender a técnica correta para oferecer o copinho com o pediatra, os consultores de amamentação e os profissionais de bancos de leite. A mamadeira pode parecer mais prática, mas, além de causar prejuízos, exige um segundo desmame. Muitas vezes, é necessário que a criança experimente o copo de transição (aqueles com bicos de silicone) para só depois conseguir usar uma versão tradicional. O processo dá bastante trabalho, pois geralmente os bebês (e os pais!) criam uma dependência emocional da mamadeira difícil de largar. Ofereça o leite sempre com o bebê sentado para evitar engasgos. E lembre-se de limpar cuidadosamente todos os utensílios usados (copos, mamadeiras e bicos).
3. Que tipo de leite devo dar no lugar do leite materno?O leite materno pode continuar sendo oferecido no copinho ou na mamadeira. As alternativas são as fórmulas especiais em pó, que hoje em dia são semelhantes ao leite materno, enriquecidas com vitaminas e de fácil digestão para o organismo infantil. O pediatra pode indicar qual a melhor marca. Um bebê com menos de 1 ano jamais pode ser alimentado com o leite de vaca, mais difícil de digerir e com grande risco de causar alergias.
4. Quero parar de amamentar. Como faço isso sem meu filho sofrer? O segredo é fazer tudo de forma gradativa e a mãe se sentir bem e segura com a decisão. O desmame vai ocorrer substituindo uma mamada por algum alimento, ou mamadeira, ou copo, dependendo da idade do bebê. Escolha uma mamada para oferecer mamadeira ou copinho em vez do peito e veja qual a reação. Quando ele se habituar, vá trocando outros horários também. Você pode, inclusive, oferecer o leite materno no começo para ele estranhar menos. Ordenhe seu peito manualmente ou compre/alugue uma bombinha própria para isso. A maternidade onde você teve seu bebê ou seu pediatra podem ajudar orientando sobre onde conseguir o material necessário, como proceder, armazenar o leite e os cuidados com higiene. Caso esteja no momento de começar a dar papinhas, ofereça novos alimentos aos poucos para o bebê se acostumar. Um suco de frutas na primeira semana, uma papa doce na segunda e assim por diante. Com o estômago cheio, o próprio bebê passará a mamar menos. Então vá trocando o peito pela mamadeira ou pelo copinho também de forma gradual.
5. Quando eu parar de dar o peito meu filho ficará desnutrido?
Ele não ficará desnutrido se continuar a receber leite (materno ou de fórmula) e alimentos saudáveis, dependendo da fase do seu desenvolvimento. O desmame deve ocorrer de forma correta e de preferência com o acompanhamento de um pediatra, que vai avaliar o crescimento do bebê nesse período. Até os 6 meses, o aleitamento é exclusivo, pois o leite materno possui tudo que o bebê necessita para se desenvolver com saúde. A partir daí, ele precisa de nutrientes encontrados em outros alimentos. De forma gradual, vá apresentando novas comidinhas até que o bebê se alimente de papinhas completas no almoço e no jantar, preparadas com carboidratos, proteínas, verduras e legumes. Assim você vai garantir que ele receba tudo o que precisa para ficar bem nutrido.
6. Voltei a trabalhar e meu filho passou a rejeitar meu peito. Isso é normal? 
Sim, é normal. O bebê pode estranhar a falta da presença da mãe ao receber o leite de outra forma e rejeitar o peito como uma forma de assinalar isso. é necessário paciência até que ele se acostume com as novas maneiras de ser alimentado. A pessoa que está cuidando dele precisa fazer com que o momento da refeição seja especial, realizado em um ambiente calmo e tranquilo, deixando o pequeno aconchegado. Assim ele vai aprender a gostar dessa forma de comer também. Na hora de dar o peito, procure ficar em lugares que você sempre amamentou. E, se ele realmente não quiser mais o peito, talvez seja a hora de desmamar totalmente.
7. Meu filho diminuiu o consumo de leite depois que desmamou. Ele corre algum risco?
Um bebê, depois do desmame, deve ingerir cerca de 600 ml de leite por dia, o que dá mais ou menos três mamadeiras. é importante ele continuar consumindo leite, pois é rico em cálcio, um dos minerais mais importantes nessa fase. O nutriente é responsável pelo crescimento e pela manutenção dos ossos e ajuda na formação dos dentes e do sistema nervoso. O leite ainda tem proteína, que auxilia na multiplicação das células, e vitamina A, que garante a imunidade. Uma forma de suprir esses nutrientes quando o bebê não aceita tanto o leite, são os seus derivados. Iogurtes e queijos costumam agradar a garotada.
8. Vou voltar a trabalhar e meu bebê não aceita a mamadeira. O que faço?
O ideal é planejar o desmame. Duas semanas antes de voltar ao trabalho, ordenhe seu leite e ofereça no copinho ou mamadeira para o bebê estranhar menos a transição. Se ele não aceitar com você, experimente que outra pessoa dê: o pai, a avó, a babá ou algum parente que ele conheça. Caso sua opção seja a mamadeira, não se esqueça de testar vários tipos de bico até achar um ao qual seu filho se adapte. Culturalmente estamos acostumados a utilizar mamadeiras, mas os especialistas observam que os bebês amamentados têm uma transição mais tranquila quando usam o copinho.
9. Como faço para desmamar uma criança com mais de 1 ano e meio, que já entende melhor o que está acontecendo?
Primeiro você deve estar segura sobre o desmame para passar esse sentimento ao seu filho. é natural um bebê desmamar e, quando feito da maneira correta, ele não sofrerá ou ficará desnutrido. Depois, planeje para que tudo seja feito de forma gradual. Troque as mamadas aos poucos por outra forma de oferecer o leite e seus derivados. E seja flexível. Você pode, por exemplo, manter a mamada noturna, que o faz adormecer até ele se adaptar melhor com a troca feita em outros horários. O pequeno pode apresentar fatores emocionais que mostram que ele sente medo de se separar da mãe: gaguejar, maiores requisições, apego a objetos. Mostre que o amor de vocês continua ali de outras formas.
10. Estou desmamando e meu filho está muito irritado. Por que isso acontece?
O bebê pode ficar irritado durante o desmame, pois sai de uma situação conhecida e confortável (o peito da mãe) para outras que não conhece e que são um desafio: a mamadeira, o copinho, as papinhas. Até descobrir que essa troca é prazerosa, ele pode chorar, ficar manhoso e requisitar mais a mãe. Afinal, o desmame nada mais é do que um desligamento. Além disso, o leite materno contém enzimas digestivas que facilitam a vida do organismo infantil. Quando começam as papinhas, o sistema digestivo tem de trabalhar sozinho, e isso pode causar cólicas e desconfortos. é um momento que exige bastante paciência da família.
11. Parei de amamentar e meus peitos continuam cheios de leite e doloridos. O que devo fazer?
Se as mamas ainda estão cheias, pode ser que o desmame tenha ocorrido de maneira muito rápida. Com o bebê diminuindo as mamadas, o organismo entende que não precisa produzir tanto e reduz a quantidade de leite. Mas se o desmame é abrupto, não dá tempo de esse entendimento ocorrer e a produção continua igual, mesmo sem a demanda. Ordenhe suas mamas até se sentir mais confortável, mas lembre-se de não retirar todo o leite, pois o objetivo não é estimular a produção. Depois faça compressas frias nas mamas por dez minutos. Após alguns dias, se o problema não estiver resolvido, peça ajuda para o pediatra ou para a consultora de amamentação da sua maternidade.

12. Estou fazendo o desmame, mas já sinto muita falta de amamentar. Tenho medo de não ter mais uma ligação especial com meu bebê. O que posso fazer?
Enquanto algumas mulheres têm uma incrível sensação de liberdade quando acontece o desmame, outras sentem muita falta desse ato tão prazeroso para mãe e filho. Mas o desmame do bebê é algo natural e o amor entre ambos não vai acabar, apenas ocorrer de maneiras diferentes. é hora de valorizar outras formas de ligação com o filho, até para não interferir em seu desenvolvimento. O vínculo pode ser fortalecido com os cuidados diários, em um banho gostoso antes de ele adormecer, na cantiga que a mãe canta, em um colo aconchegante.

Até quando amamentar? 

A importância da amamentação e os benefícios que traz à mamãe e ao bebê são indiscutíveis. Mas quando o assunto é até quando se deve oferecer o peito à criança ainda é fator de dúvida para muitas mamães.
O desmame se inicia quando outro alimento é introduzido além do leite materno. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, desde que o crescimento e desenvolvimento do bebê estejam adequados.
Depois dos seis meses, o bebê já tem todo o seu sistema digestivo amadurecido para receber outro alimento que não o leite materno e também já necessita de nutrientes que não são encontrados no leite produzido pela mamãe.
A partir de então, o bebê começa a diminuir as mamadas no peito e adquirir o hábito de mastigar, começando pelos sucos, papinhas doces e salgadas até comer a mesma comida da família. A amamentação passa a ser um complemento da alimentação.
Segundo a OMS, o aleitamento materno deve acontecer pelo menos até os dois anos ou até ser prazeroso para mamãe e criança. O que a mamãe deve ficar atenta é se a amamentação não está interferindo na alimentação da criança e prejudicando a nutrição adequada do pequeno. Como já dissemos, a amamentação deve ser somente um complemento da alimentação após os primeiros meses de vida.
Tá na hora de mamar! - Outra questão importante da amamentação prolongada são os horários das mamadas e a higiene bucal. Desde pequenino a mãe deve realizar a limpeza dos dentinhos e região da boca do seu filho mesmo que sua alimentação seja exclusivamente o leite de peito.
Normalmente o horário da mamada da criança maior é a noite para dormir gostoso no colo da mamãe. É realmente uma delícia, mas as mamães ficam com dó de acordar os filhotes para escovar os dentinhos depois da mamada achando que o leite de peito não oferece o risco de cáries. Engano! Os dentes das crianças precisam ser escovados depois da amamentação, pois o leite materno provoca cárie, sim.
Dúvida - E para desmamar precisa usar a mamadeira? Não. Criança que mama no peito não precisa de mamadeira. Aos seis meses de idade a criança já está apta para sugar um copo aberto, com cuidado, ou um copo com bico. Se a criança for maiorzinha pode-se usar o canudo.
É sempre bom lembrar que a mamadeira e a chupeta são prejudiciais para o desenvolvimento da arcada dentária e musculatura facial, principalmente da região da boca, prejudicando também o desenvolvimento da fala.
A amamentação prolongada é uma forma de relação e um vínculo muito bom para mãe e filho se isso for gostoso para ambos. Aconchego e colo todo mundo precisa, não é mesmo?
Depois dos seis meses, o bebê já tem todo o seu sistema digestivo amadurecido para receber outro alimento que não somente o leite materno e também já necessita de nutrientes que não são encontrados no leite produzido pela mamãe. O desmame começa aqui, com a introdução de novos alimentos, mas não o desmame total. Mãe e bebê são os protagonistas e são vocês quem decidirão quando parar de vez.
O que não pode acontecer é a mamãe achar que por estar amamentando seu filho será seu bebê para sempre, não incentivando a sua independência. Há o medo por parte da mãe de que se ele parar de sugar o seu peito, o vínculo entre os dois seja quebrado.
Essa idéia é errada e pode ser muito ruim no desenvolvimento da criança, já que essa postura pode dificultar o processo de "independência" da criança. Não confundir carinho com proteção em excesso. Pode acontecer de a criança demorar mais para falar ou falar como uma criancinha pequena ou até mesmo de não querer sair das fraldas.
Como e quando parar de dar o leite? Se parar de oferecer o peito, há outras maneiras de se criar o vínculo com a criança. O cuidar, a atenção, o amor, o brincar e o conversar são formas fantásticas de vínculos que todas as crianças precisam e só a mamãe com seu jeitinho pode criar.
O desmame não deve ser feito por pressão, isto é, porque a amiga, a avó ou os vizinhos estão dizendo que seu filho está muito grande para ainda estar no peito. O desmame deve acontecer naturalmente e quando mãe e criança estiverem seguros disso.
O desmame natural, sem pressa e sem pressão faz com que o corpo da mamãe e o bebê se preparem para isso. Se a mamãe achar estar pronta antes da criança, a ajuda de um profissional poderá se fazer necessária.
Se a mamãe estiver decidida a parar de amamentar, há algumas atitudes da criança que demonstram estar pronta para o desmame total. Confira:
Um menor interesse nas mamadas, distração fácil quando você oferece um brinquedo ou um outro alimento em vez do peito, não aceita ser amamentada em certos horários ou locais, aceita outro tipo de consolo, é segura na relação com a mãe e não fica ansiosa com o encorajamento de não mamar são alguns dos sinais.
O desmame demanda energia, paciência e flexibilidade. Retirar uma das mamadas por semana, não tentar o desmame com outra mudança ocorrendo, como o controle do xixi, a mamãe não se ausentar nesse período e dar outros tipos de atenção ao pequeno são algumas dicas para um desmame natural e gradual.
As mamães devem saber que o desmame pode desencadear mudanças físicas e emocionais, entre as quais mudança de tamanho das mamas, mudança de peso e sentimentos diversos, entre eles alívio, paz, tristeza, depressão, culpa e arrependimento.
Dicas
  • Não use truques como colocar pimenta ou sal no bico do peito para a criança não sugar mais. O melhor é conversar sobre o desmame com o seu filho.
  • Converse com uma nutricionista para verificar se as mamadas não estão interferindo na absorção de nutrientes que a criança precisa.
  • Amamentar é tudo de bom. Amamente exclusivamente até os seis meses e previna sua criança de muitas doenças.

2 comentários:

  1. Nossa, esse artigo me ajudou bastante! Principalmente o assunto sobre o demsmame, pois minha filha tem 1 ano e 7 meses,, e estou começando a pensar no assunto de desmamá-la com 2 anos. Obrigada, mais uma vez!

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