sábado, 17 de setembro de 2011

DICAS PARA TENTANTES DIETA DA BARRIGA E OUTROS

Nem gorda nem magra
Além de avaliar a alimentação das candidatas a futuras mamães, os especialistas americanos relacionaram gordura corporal a fertilidade e concluíram que fica mais fácil receber o resultado positivo se a mulher estiver com o peso ideal. Quilos extras indicam um estoque de gordura, que provoca resistência à insulina, que afeta a globulina, que... Pois é. De novo, o ciclo da bagunça hormonal — dessa vez detonada pelo ponteiro da balança, que insiste em subir. As muito magras tampouco estão livres de problemas. O corpo entende a magreza exagerada como uma ameaça à sobrevivência do bebê e, por segurança, interrompe a ovulação. 



Carboidratos
O que faz a diferença na fertilidade não é a quantidade, mas, sim, a qualidade desse nutriente. As fontes com baixo índice glicêmico, ou IG, como pães e cereais integrais, aumentam as chances de ocorrer a fecundação. Já alimentos com alto IG, como o arroz branco e o pão francês, atrapalham o encontro entre o óvulo e o espermatozóide. 



Gorduras
As poliinsaturadas, presentes nos óleos de soja e canola, deram indícios de que protegem o aparelho reprodutor feminino. Já a gordura trans é uma grande inimiga da ovulação. Se apenas 2% das calorias do dia forem provenientes desse ingrediente maléfico, o projeto maternidade pode falhar. Num cardápio de 2 mil calorias, isso corresponde a 4 gramas de gordura trans — e uma porção média de batatas fritas, daquelas de fast-food, já é suficiente para estourar esse valor. Cuidado! 


Proteínas
Prefira aquelas de origem vegetal, como as presentes em feijões, no tofu e nas nozes. Esse tipo de proteína favorece a ovulação. Os peixes e os ovos, embora excelentes, não influem nesse aspecto. Já o excesso de carne vermelha e de aves, como peru e frango, aumenta em um terço as chances de problemas na hora da concepção.nao tire de vez a carne vermelha você precisa de complexo B.



Laticínios
Só os integrais são bem-vindos — eles ajudam bastante, aliás. Os desnatados têm efeito contrário. A ausência de gordura muda radicalmente o balanço dos hormônios sexuais no organismo. Pior ainda se houver adição de substâncias que tornam os produtos magros mais saborosos e cremosos.



Esse tal IG
Ele indica a velocidade com que o açúcar vai parar na circulação assim que comemos algo. Para calculá-lo, mede-se a taxa de glicose no sangue de voluntários que acabaram de se alimentar. Depois de três horas, eles ingerem glicose pura e passam por nova medição para servir como referência. O IG usa uma escala que vai de 0 a 100. Assim sendo, se determinada comida provoca metade do aumento de glicemia na comparação com a glicose pura, seu IG é 50.

Exercício, um ingrediente a mais

Quem pretende engravidar precisa também mexer o corpo. E não só para prepará-lo para os nove meses de engorda. Os cientistas estão convictos de que o sedentarismo favorece a infertilidade. Isso porque nos músculos inativos a ação da insulina é menor. Ela fica sobrando na circulação, o que facilita o desarranjo hormonal. Por outro lado, o excesso de malhação pode frear a menstruação e a ovulação. Para as mulheres em paz com a balança, o ideal é praticar 30 minutos diários de exercícios.




Estou tentando engravidar. Posso fazer xixi depois de transar? Quanto tempo o esperma tem de ficar dentro da mulher?


Cientificamente, não existe uma definição de quanto tempo a mulher precisa ficar deitada depois da relação sexual para que os espermatozoides penetrem no orifício do colo do útero. 

Sabe-se, no entanto, que os espermatozoides demoram alguns segundos para entrar pelo "buraquinho", depois da ejaculação dentro da vagina. 

O recomendável para uma mulher que está tentando engravidar é que após a relação deite-se de lado (não é necessário elevar as pernas) e fique quietinha por cinco a dez minutos. 

Depois desse tempo, ela pode levantar e inclusive ir ao banheiro fazer xixi, ou fazer algum esforço físico. Só não é recomendado fazer ducha vaginal ou uma higiene íntima muito intensa até uma hora depois da relação. 

Qual é o melhor momento para ter relações sexuais para engravidar? 

O ideal é ter relações sexuais o mais próximo possível do momento da ovulação, ou seja, quando o óvulo é liberado pelo ovário. Os espermatozoides conseguem sobreviver dentro do corpo da mulher por alguns dias, mas o óvulo só dura entre 12 e 24 horas. 

É difícil saber o momento exato da ovulação, por isso, para aumentar as chances de a concepção acontecer, o melhor é fazer sexo um ou dois dias antes da ovulação. Assim, cresce a probabilidade de que haja espermatozoides saudáveis no seu corpo na hora em que o óvulo for liberado. 

Embora esse seja o ideal, não vale a pena restringir o sexo para apenas um ou dois dias antes da data prevista para a ovulação. Estudos já mostraram que uma mulher pode ficar grávida se tiver relações sexuais vários dias antes da ovulação. 

O momento exato da ovulação não é muito previsível. Ele pode variar de mês a mês, e depende da duração normal do seu ciclo menstrual e de outros fatores, mesmo que você seja bem regular. Pesquisas recentes mostram que essa variação é ainda maior do que se imaginava. 

Mudanças na rotina, viagens, estresse, qualquer coisa já basta para mexer na sua secreção vaginal e no ciclo menstrual. 

Por isso, especialistas em fertilidade recomendam que o casal faça sexo a cada dois ou três dias durante o ciclo inteiro, em vez de concentrar os esforços na época em que a ovulação deveria acontecer. 

Como posso saber que estou ovulando? 

Há mulheres que percebem claramente que estão ovulando, e sabem até se aquele mês é o ovário esquerdo ou o direito que está liberando o óvulo, porque sentem um pouco de dor. Outras não sentem absolutamente nada. 

Se você está tentando engravidar, tente ficar atenta aos sinais de que a ovulação se aproxima. Eles podem começar a aparecer cerca de três semanas antes da data prevista para sua próxima menstruação, e são os seguintes: 

  • Aumento da secreção vaginal, que assume uma textura parecida com a de clara de ovo, mais transparente e viscosa, à medida que a ovulação se aproxima

  • Aumento do desejo sexual

  • Pontadas ou desconforto de um dos lados do baixo ventre, que podem piorar quando você se senta

Existem também nas farmácias testes parecidos com os de gravidez, feitos com a urina, que detectam a elevação do hormônio da ovulação (LH). Também há técnicas de monitoramento da temperatura do corpo, antes de levantar da cama, de manhã -- a chamada temperatura basal --, para perceber o leve aumento que indica que a ovulação está ocorrendo. O problema dessas técnicas é que elas deixam o casal muito ansioso, o que pode ser negativo para as tentativas. 

Tenho ciclos menstruais muito irregulares. Vou ter dificuldade para engravidar? 

Quanto mais irregulares forem seus ciclos menstruais, mais difícil será prever a ovulação. Se, no entanto, você seguir o conselho dos especialistas e mantiver relações sexuais duas ou três vezes por semana, vai acabar acertando a data de uma maneira ou de outra. 

Há mulheres, porém, que, além de ter ciclos irregulares, não ovulam com a frequência que deveriam, ou seja, em certos ciclos elas simplesmente não ovulam. Se você achar que esse é o seu caso, converse com o ginecologista. 

O que mais posso tentar para engravidar logo? 

Para grande parte dos especialistas, manter uma vida sexual ativa, com relações de duas a três vezes por semana, é o meio mais eficaz de aumentar as chances de engravidar. Vale a pena usar esse método por alguns meses antes de pensar em maneiras mais complexas de detectar a ovulação. 

A orientação de Morag Martindale, consultora do BabyCenter britânico, é que você converse com o médico se não engravidar depois de seis meses de tentativas intensivas (especialmente se você tiver mais de 35 anos de idade). 
Pode ser que o médico sugira que você acompanhe seu ciclo mais de perto por alguns meses para identificar quando e se você está ovulando. O ginecologista também dará orientações sobre sua saúde em geral e sobre o que fazer para elevar a chance de engravidar. 

Primeiro alguns dados 

Toda menina nasce com até 450 mil óvulos armazenados nos ovários. Na época da primeira menstruação, geralmente entre os 10 e os 14 anos, esses óvulos começam a amadurecer e a ser liberados, um a um, mensalmente. O óvulo é liberado do ovário e cai em estruturas parecidas com franjas na extremidade da tuba uterina (ou trompa de Falópio), que o vão transportando, devagar, com um movimento ondulatório, até o útero. Se no meio do caminho o óvulo for fertilizado por um espermatozóide, ele vai se alojar quando chegar ao útero e se multiplicar até se transformar no bebê e na placenta. Se a fertilização não acontecer, o óvulo será eliminado, junto com o revestimento interno do útero -- o que compõe sua menstruação. 

Como é um ciclo menstrual normal? 

Um ciclo menstrual normal costuma durar 28 dias, contando desde o primeiro dia da menstruação até o início da menstruação seguinte. Há mulheres que têm ciclos bem mais curtos, com até 23 dias, e outras possuem ciclos mais compridos, de até 35 dias. Ciclos mais curtos ou mais longos que isso têm mais probabilidade de ser anormais, por isso é aconselhável conversar com o ginecologista. Também é preciso ser avaliada pelo médico se você tiver sangramentos no meio do ciclo ou depois de ter relações sexuais. 

Como os hormônios funcionam 

Seu ciclo menstrual é controlado por uma série de hormônios produzidos por partes diferentes do corpo: 

• Hormônio liberador de gonadotropina (produzido pelo hipotálamo, que fica no cérebro) 

• Hormônio folículo-estimulante (produzido pela hipófise, uma glândula que também fica no cérebro) 

• Hormônio luteinizante (também produzido pela hipófise) 

• Estrogênio (produzido pelos ovários) 

• Progesterona (também produzida pelos ovários) 

O processo começa no cérebro. O hipotálamo produz o hormônio liberador da gonadotropina (GnRh), que vai até a hipófise e determina a produção ali dohormônio folículo-estimulante (FSH). O FSH entra na corrente sanguínea e chega até os ovários, estimulando o amadurecimento dos óvulos. Entre 15 e 20 "sacos", chamados folículos, contendo óvulos começam a amadurecer. Um deles (às vezes dois ou mais) se desenvolve mais rápido que os outros: é o folículo dominante. 

O FSH também estimula os ovários a produzir estrogênio. Esse hormônio incentiva os óvulos a amadurecer e determina que o revestimento interno do útero fique mais espesso, para que possa abrigar um eventual óvulo fertilizado. 

Ovulação: o óvulo é liberado 

À medida que os níveis de estrogênio no sangue aumentam, os níveis de FSH diminuem temporariamente, para depois crescerem de novo. Esse novo aumento é acompanhado pela forte secreção pela hipófise do hormônio luteinizante (LH). É o LH que deflagra a ovulação -- o momento em que o óvulo mais maduro rompe o folículo e sai do ovário. Logo que é liberado, o óvulo é capturado pela extremidade da tuba uterina (ou trompa de Falópio). 

O colo do útero, o "gargalo" que une o útero à vagina, normalmente produz um muco opaco e espesso, que os espermatozóides não conseguem penetrar. Pouco antes da ovulação, no entanto, o estrogênio faz com que essa secreção mude de aspecto: ela fica mais fina, transparente e viscosa, parecida com clara de ovo. Através dela os espermatozóides conseguem passar pelo colo do útero e nadar até as tubas uterinas, para então encontrar o óvulo. É na tuba (ou trompa) que a fertilização costuma acontecer. 

Depois da ovulação 

Dentro do ovário, o folículo vazio de onde o óvulo saiu se transforma no corpo lúteo. Trata-se de um pequeno aglomerado de células amarelado, que começa a produzir a progesterona. A ação da progesterona faz com que o muco que reveste o colo do útero e a vagina volte a ficar opaco e impenetrável aos espermatozóides. Também estimula o revestimento interno do útero, que fica mais espesso e de aspecto esponjoso, devido ao forte afluxo de sangue. É o endométrio, que está pronto para receber o zigoto (óvulo fertilizado por um espermatozóide). 
Conforme a concentração de progesterona no corpo aumenta, os seios ficam mais volumosos e sensíveis. A hipófise pára de produzir o FSH, para que nenhum outro óvulo amadureça. 

Quando há fertilização... 

Quando um espermatozóide fertiliza o óvulo dentro da tuba uterina, o óvulo continua descendo até chegar ao útero, onde se aninha no endométrio, o revestimento interno do útero. A essa altura, o zigoto já possui cerca de 150 células. A viagem desde o ovário até o útero leva cerca de cinco dias. Os níveis de progesterona continuam altos, o corpo lúteo continua trabalhando e pode se transformar num cisto temporário, e é possível que você comece a sentir os primeiros sintomas da gravidez. 

Quando não há fertilização... 

Se o óvulo não for fertilizado ou se, mesmo fertilizado, não conseguir se implantar no endométrio, ele começa a se desintegrar, e o corpo lúteo diminui. Os níveis de estrogênio e de progesterona caem, e o revestimento interno do útero começa a produzir prostaglandina. Essa substância modifica a irrigação sanguínea do útero, fazendo com que o endométrio se rompa e que o útero comece a se contrair para expulsá-lo (daí a cólica menstrual). A menstruação desce, e o óvulo não-fertilizado é eliminado junto com o revestimento uterino. Com isso, o ciclo recomeça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário